Voz da Campanha

Em dia de voto antecipado o Presidente da República voltou a apelar para que os cidadãos votem, lembrando que tão cedo não pode haver eleições.Na campanha, Rui Rocha foi atingido com tinta verde por ativistas climáticos.Luís Montenegro foi dar um mergulho, jogou vólei de praia e assume que não se importa de fazer equipa com o líder da IL. Paulo Raimundo revelou a quem punha uns patins.

Os caminhos não foram hoje dar a Roma, mas ao jogo grande da segunda circular. Mas na campanha das legislativas houve ‘fair-play’ entre a líder do PAN e uma vendedora de leitão, em Benfica, enquanto o secretário-geral do PS quis acelerar os motores para uma vitória no dia 18, o mesmo objetivo afirmado por André Ventura, do Chega.Em dia desportivo, houve corrida no Bloco de Esquerda e voleibol na Iniciativa Liberal. Na AD a linguagem foi marítima.

E ao sexto dia, a estabilidade, ou quem governa com quem, entrou na campanha eleitoral. A “culpa” foi do Presidente. Marcelo Rebelo de Sousa disse que quer nomear um Governo com a certeza de que o programa será viabilizado no parlamento. Pedro Nuno Santos foi o primeiro a prometer diálogo e estabilidade se o PS ganhar as legislativas de 18 de maio. Luís Montenegro, líder do PSD, apesar da vantagem nas sondagens, não quis fazer futurologia, mas usou a sua experiência como primeiro-ministro para tentar os eleitores ao voto útil na AD. Do partido da extrema-direita do parlamento, André Ventura apresentou o Chega como garante de estabilidade… à direita.

A falta de comboios nas estações da CP e a mudança da lei da greve entraram hoje nos carris da campanha eleitoral. Luís Montenegro, primeiro-ministro e líder do PSD, recusou menosprezar o direito à greve, mas salientou que lhe cabe defender o interesse geral, protegendo os cidadãos que querem estudar ou trabalhar. De Pedro Nuno Santos, do PS, chegaram as críticas: é um “insulto à democracia” do primeiro-ministro. No dia em foi eleito o novo Papa, Montenegro estava em Fátima quando o fumo branco saiu da chaminé da Capela Sistina.

‘Selfies’, acusações e queixas. A caravana eleitoral do PS passou pelo Algarve e Pedro Nuno Santos tirou ‘selfies’ com mulheres ciganas. “Para dar que fazer ao Chega”, disseram elas. Em Aveiro, o líder do Chega, André Ventura, ouviu acusações de racismo de um grupo de pessoas de etnia cigana. Em Setúbal, Luís Montenegro, primeiro-ministro e líder do PSD, ouviu as queixas de reformados e ex-combatentes pelos cortes das pensões pelo Governo Passos Coelho durante a ‘troika’. Este foi o quarto dia de campanha.

Hoje foi o terceiro dia de campanha oficial e os pratos principais foram o apelo ao voto e à estabilidade, à volta de uma mesa que juntou vários antigos líderes laranja, em dia de aniversário do PSD. Foi o que bastou para a oposição servir críticas e recordar a crise da “troika”, era Passos Coelho primeiro-ministro, e os cortes nas pensões dos reformados.

Ao segundo dia de campanha oficial para as legislativas de dia 18, a discussão andou à volta do voto útil e das maiorias para governar se as eleições não derem uma maioria clara. Nem Pedro Nuno, do PS, nem Luís Montenegro, da AD se comprometeram. E o Chega excluiu apoiar um Governo à esquerda. Na quarta-feira, entra na campanha os ex-líderes do PSD, como Cavaco Silva.

Um ‘podcast’ diário, de 04 a 16 de maio. Saiba o que acontece no dia-a-dia da campanha eleitoral para legislativas de 18 de maio, com o rigor da Lusa. As jornalistas Cristina Cardoso e Paula Lagarto dão a voz.